quinta-feira, 22 de setembro de 2011


23 DE SETEMBRO DIA DO SORVETE
Desde 2002 o dia 23 de setembro não é mais somente o início da primavera: é o Dia do Sorvete. Essa celebração, instituída pela ABIS – Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete – é comemorada justamente para marcar o início das temperaturas mais quentes do ano no país, época em que normalmente se acentua o consumo de sorvetes no Brasil, país que, embora seja tropical, ainda mantém a tradição de consumo de sorvete somente no verão, ao contrário dos países nórdicos, por exemplo. Enquanto eles consomem aproximadamente 20 litros por pessoa/ano, nós consumimos míseros 3,5 litros.
Do ponto de vista nutricional, o sorvete é um alimento completo, pois contém proteínas, açúcares, gordura vegetal e/ou animal, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, cálcio, fósforo e outros minerais essenciais numa nutrição balanceada. É um complemento alimentar de alto valor nutritivo, sem ser excessivamente calórico. Comparativamente, vale dizer que 100g de sorvete de creme têm 208 calorias, enquanto a mesma quantidade de pão francês tem 269 e de ovo frito, 216. É claro que estes dados podem variar, dependendo da composição de cada sorvete, mas é certo que aqueles que têm como base o leite são uma fonte considerável de cálcio, mineral essencial para a saúde de dentes e ossos. Sem contar que são um alimento sempre bem aceito. Qual é a criança que recusa um sorvete?
Como surgiu o sorvete
O prazer de se refrescar com um sorvete é conhecido pelo homem há mais tempo do que se imagina. Consta em alguns livros de história que Nero, no ano 60 D.C., já saboreava essa sobremesa em seus banquetes. Naquele tempo a mistura era preparada no momento de servir com sucos de frutas, mel e neve dos Alpes. Os chineses foram, entretanto, os grandes admiradores de sorvete na Antigüidade. Há três mil anos, antes da invenção das máquinas de fazer frio, utilizando a neve, os antigos também preparavam suas especialidades.
Alguns historiadores atribuem a Marco Polo a introdução do sorvete na Europa, no Século XIII, onde se incorporou o leite nas receitas. Mas foi nos Estados Unidos que o produto se popularizou: a primeira sorveteria foi instalada em Baltimore, em 1851, tornando-se um sucesso e provocando uma expansão rápida do comércio do segmento, dando assim início à produção industrial do alimento. No Brasil também chegou no século passado e consta que era uma das sobremesas preferidas de D.Pedro II.
Com o aprimoramento das máquinas de fazer frio e o posterior avanço tecnológico, o sorvete passou a incorporar novos ingredientes e técnicas de preparo mais sofisticadas que trouxeram a cremosidade ao produto. Elementos como leite, açúcar, glicose, emulsificante, gordura vegetal, aromas, corantes e frutas naturais tornaram o sorvete um alimento com grande valor nutritivo.
Vai um sorvetinho aí?

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Entenda como a crise internacional pode atingir seu bolso
Crise europeia e solavancos da economia americana podem afetar investimentos, viagens ao exterior e até empregos dos brasileiros
Se você acompanha a crise na Europa com o desinteresse de quem não tem nada a temer com as notícias ruins que chegam do outro lado do oceano, é bom saber que o Brasil não está imune ao clima de incerteza que atinge os mercados do mundo inteiro. As dificuldades enfrentadas por países como Grécia, Portugal e Itália e o complicado cenário político-econômico nos Estados Unidos podem, em algum momento, atingir seu bolso.

Crise internacional pode afetar mercado de trabalho brasileiro, como ocorreu em 2008
Prejuízos no mercado de ações, viagens internacionais adiadas ou canceladas, endividamento e até mesmo a perda do emprego estão entre os possíveis efeitos da crise internacional na vida do brasileiro.
“Muitas pessoas, ao acompanharem o noticiário, perguntam de maneira irônica o que a Grécia tem a ver com o Brasil, sem levar em consideração o fato de que a economia global hoje está completamente interligada. Se o cenário econômico internacional se deteriorar, é possível que tenhamos que enfrentar fenômenos semelhantes aos vivenciados em 2008”, diz Creomar Lima de Souza, professor de Relações Internacionais no Ibmec Brasília e especialista em economia internacional e dos EUA.
Quem sentiu na pele os efeitos da crise de 2008 não tem dúvidas de que os brasileiros têm muito a perder diante de um tropeço na economia europeia ou americana. É o caso da ex-gerente de recrutamento e seleção de uma consultoria internacional presente no Brasil. A crise atingiu em cheio a empresa, que demitiu quase 20% de seu quadro de funcionários entre o final de 2008 e o início de 2009.
À época liderando um time de profissionais orientados para selecionar novos funcionários, a executiva não apenas teve que suspender novas contratações, como acabou também sendo vítima dos cortes realizados pela consultoria. “De uma hora para outra, a empresa paralisou os planos de expansão e começou a demitir, eliminando vagas em todas as áreas e cargos, incluindo boa parte da equipe de Recursos Humanos”, diz a executiva, que prefere não se identificar.
Ainda é cedo para prever movimento semelhante, mas a luz de alerta está acessa em grande parte das empresas, diz o consultor em recrutamento e seleção de executivos, Luis Henrique Hartmann. “Ao menos por enquanto, não é possível falar em impactos significativos no mercado de trabalho brasileiro. Mas é óbvio que a crise na Europa pode, em algum momento, levar as empresas multinacionais a reduzirem os investimentos no Brasil. Na prática, isso implica não apenas na redução de novas oportunidades de trabalho e na diminuição de salários, mas também em demissões em massa”, diz Hartmann.
Em 2008, muitos investidores brasileiros – alguns já desempregados - tiveram que lidar também com perdas significativas no mercado de ações em 2008. Em questão de meses, o ex-executivo de uma empresa de telecomunicações perdeu o emprego e mais de 50% de seu patrimônio investido na Bolsa de Valores.
“A crise de 2008 me pegou de surpresa e, de uma hora para outra, me vi sem emprego e com apenas metade do dinheiro que levei uma vida para economizar. Após meses de procura, encontrei uma nova colocação e consegui manter as finanças em dia. Mas o fato é que, quase quatro anos depois, ainda não consegui recuperar meu antigo padrão de vida”, conta o executivo.
Brasileiros precisam poupar dinheiro e evitar dívidas
Diante do cenário atual e do histórico de efeitos da crise americana sobre o Brasil em 2008, os especialistas em finanças recomendam cautela. “A capacidade da economia brasileira de reagir não está clara e ninguém é capaz de prever se a crise pode contaminar todos os países da zona do euro. Tampouco se sabe se o presidente Barack Obama será bem sucedido em sua tentativa de reduzir o déficit americano. A incerteza é muito grande e não é aconselhável se arriscar nesse momento”, afirma Leandro Ruschel, especialista em mercado financeiro.
Em momentos de grande instabilidade, é essencial conter os gastos pessoais, resume o coordenador dos cursos de Gestão Financeira e Ciências Contábeis da Veris Faculdade, Fabrício Ferreira. Definitivamente, diz ele, não é o momento de se comprometer com dívidas de longo prazo, como compras de imóveis e veículos. “A hora é de economizar e aumentar a reserva de recursos para eventuais emergências, como a perda do emprego”, afirma.
Longas viagens internacionais também estão na lista de gastos que devem ser evitados nesse momento, sobretudo se a ideia for utilizar o cartão de crédito como principal meio de pagamento . Com a instabilidade do câmbio, alerta Ferreira, o consumidor pode ter uma surpresa bastante desagradável no fechamento da fatura.